2006-05-03

Um fim de dia atribulado.

Acabei o dia chateada contigo, CM. Chateada por não ter conseguido dizer-te aquela meia dúzia de palavras há mais tempo. Chateada porque as tuas atitudes me irritam de tão inexplicáveis que são.
Por aquele fim de dia sem jeito, CM, ontem apareci irritada, com vontade de não falar para ninguém, com vontade de que não me perguntassem nada. Mas não te preocupes, CM, tudo acabou por passar.
Hoje, adormeci: olhei para o despertador e pensei que se tinha adiantado (7:39). Continuei embrenhada na conversa onírica que estávamos a ter. Descansados, conversávamos, sem stress, como duas pessoas inteligentes e sábias, que medem as palavras para não se ferirem. No entanto, a Razão chamou-me: o despertador não se adiantara; eram mesmo horas de deixar o sonho a meio, sem saber qual o seu desfecho, sem saber se podia tranquilizar, sem saber nada.
Talvez nos tenhamos perdido mutuamente, tu pelas atitudes, eu por te dizer o que me ia na alma. CM, as guerreiras são mesmo assim: arriscam dizer o que lhes vai na alma, o que lhes parece correcto, mesmo que para isso tenham de perder aqueles que tornam a sua vida mais risonha.