A lamentação é completamente inútil.

Não há dúvida de que é inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante o mundo. Resta saber se não é igualmente inútil e prejudicial lamentarmo-nos perante nós próprios. Evidentemente. De facto, ninguém se lamentará perante si próprio, a fim de se incitar à piedade, o que nada significaria, dado que a piedade é, por definição, o voluptuso encontro de dois espíritos. Para quê, então? Não para obter favores, porque o único favor que um espírito pode fazer a si próprio é conceder-se indulgência, e toda a gente percebe quanto é prejudicial que a vontade seja indulgente para com a sua própria e lamentável fraqueza. Resta a hipótese de o fazermos para extrair verdades do nosso coração amolecido pela ternura. Mas a experiência ensina que as verdades surgem apenas em virtude de uma pacata e severa busca, que surpreende a consciência numa atitude inesperada e a vê, como de um filme que parasse de repente, estupefacta, mas não emocionada. Basta, portanto.

Cesare Pavese, in O Ofício de Viver

Desculpem a ausência! Bom fim-de-semana!

As nossas limitações.

Satisfazer-se com as limitações próprias é miserável. Sentir a nossa limitação perante o que nos ultrapassa será certamente angustiante, mas uma tal angústia eleva-nos. Aquele que com propriedade se reconhece limitado é o que mais perto está de chegar à perfeição. Quem não acha demasiado de si próprio, é sempre bastante mais do que pensa ser. Grandes erros: imaginar que se é mais do que se é, e julgar que se está aquém daquilo que se vale.

Johann Wolfgang von Goethe, in Máximas e Reflexões.

IMYSMYAMS, R..

As perguntas.

Hoje apetecia-me discutir com o mundo e perguntar apenas: por que causa?

O acaso.

Sou partidária da teoria, segundo a qual nada acontece por acaso... e hoje já ouvi duas pessoas referirem-me um verso desta canção...

Asas servem para voar
para sonhar ou para planar
Visitar espreitar espiar
Mil casas do ar

As asas não se vão cortar
Asas são para combater
Num lugar infinito
para respirar o ar

As asas são
para proteger te pintar
Não te esquecer
Visitar espreitar-te
bem alto do ar

Só quando quiseres pousar
da paixão que te roer
É um amor que vês nascer
sem prazo, idade de acabar
Não há leis para te prender
aconteça o que acontecer.
(Asas, GNR.)

O perigo da hesitação prolongada.

Toda a gente há-de ter notado o gosto que têm os gatos de parar e andar a passear entre os dois batentes de uma porta entreaberta. Quem há aí que não tenha dito a algum gato: «Vamos! Entras ou não entras?» Do mesmo modo, há homens que num incidente entreaberto diante deles, têm tendência para ficar indecisos entre duas resoluções, com o risco de serem esmagados, se o destino fecha repentinamente a aventura. Os prudentes em demasia, apesar de gatos ou porque são gatos, correm algumas vezes maior perigo do que os audaciosos.

Victor Hugo, in Os Miseráveis.IMYSMYAMS, R..

...

Há pouco tempo deram-me a conhecer esta música que, pelos vistos, não chegou a ser editada (perguntem-me agora como é que esta gente tem acesso às músicas não editadas...).
Acho-a muito bonita e partilho-a:

The words have been drained from this pencil

Sweet words that

I want to give you

And I can't sleep

I need to tell you

Goodnight

When we're together,

I feel perfect

When I'm pulled away from you,

I fall apart

All you say is sacred to me

Your eyes are so blue

I can't look away

As we lay in the stillness

You whisper to me

Amy, marry me

Promise you'll stay with me

Oh you don't have to ask me

You know you're all that

I live for You know

I'd die just to hold you

Stay with you

Somehow I'll show you

That you are my night sky

I've always been right behind you

Now I'll always be right beside you

So many nights I cried myself to sleep

Now that you love me,

I love myself

I never thought

I would say this I

never thought there'd be

You

(You, Evanescence)

IMYSMYAMS, R..

Feliz por saber.

Estou feliz por saber que os meus amigos estão felizes e que posso ser testemunha desses momentos. Madrinha, afilhada e amiga...

Feliz também por saber que estás aí, junto de mim/nós, como testemunha... IMYSMYAMS, R..

A felicidade de um amigo deleita-nos. Enriquece-nos. Não nos tira nada. Caso a amizade sofra com isso, é porque não existe.

(Jean Cocteau)

O desafio.

Desta vez não posso escapar. A Tulipa lançou-me o desafio e, catrapum, aí vou eu.

Escolher 6 informações aleatórias sobre mim?! Ai, vai ser complicado, vai, vai...

• 1. Ser completamente apaixonada pela cidade do Porto, sua cultura, gente, hábitos, amuos, alegrias, sol, nuvens... e tudo e tudo (sim, porque estar apaixonado é aceitar as qualidades e os defeitos, né?!): Quem vem e atravessa o rio... (magníficas interpretações de Porto Sentido: Rui Veloso e Órfeão Universitário do Porto).
• 2. Detestar todo o ser com penas (sim, sim, não estejam por perto quando me aparecer um passarocozito e eu decidir fazer figuras tristes), batatas a murro e cavalas (um peixe que, só de pensar nele, já começo a ranger os dentes).
• 3. Adorar viajar, andar de avião (o que inclui a comidinha de avião. Sim, já sei, ninguém gosta de comida de avião), conhecer sítios novos.
• 4. Não conseguir estar sem música ou rádio por perto (ainda não levo o rádio atrás de mim enquanto tomo banho, mas desconfio que não deverá faltar muito).
• 5. Ter necessidade de estar sempre ocupada com vários projectos (eléctrica foi a última coisa que me chamaram). Que querem, é assim que me sinto bem... e, algumas vezes, cansada.
• 6. Adorar arroz, francesinhas, comida do Vitaminas, leite de morango (ninguém gosta de leite de morango!), tripas (não sei se conhecem: é a massa da bolacha americana, mas quase crua, com possibilidade de ter vários recheios), farturas recheadas (a ponto de pedir que façam vários km para as encontrar). Ai a dieta...

Ainda haveria uma série de outras coisas a dizer, mas nem tudo vem agora à tona. Aproveito para lançar o desafio àqueles que por aqui passam: 6 informações aleatórias acerca de vós! Catch it!

Nódoas negras.

Bom, algumas reflexões antes de me ir de fim-de-semana: sabiam que os meus joelhos insistem em ficar atraídos por todas as superfícies que lhes aparecem pela frente? É verdade, insistem em ficar com a bonita cor azulada. Imaginem o cenário: pernas hiper-brancas com nódoas azuladas. O que faria se fosse portista...

Bom, nunca piore. A semana ainda não acabou e amanhã há paitball, por isso: fui! Bom fim-de-semana!

Cats, o musical.

O meu actual desejo: ver o musical Cats, no Coliseu do Porto. Mas, até lá, várias missões. Ora vejamos: primeira, descobrir se ainda há bilhetes; segunda, descobrir se ainda há bilhetes para os fins-de-semana; terceira, convencer os amigos a assistirem comigo ao espectáculo. E pronto, resta-me a missão impossível: conseguir bilhetes gratuitos para mim e restante rapaziada...

A380: 1.º voo com passageiros.

Foi ontem, 4 de Setembro, que o maravilhoso Airbus A380 fez o seu primeiro teste, desta vez, com passageiros.
Durante quatro dias consecutivos, a aeronave vai transportar cerca de dois mil funcionários do consórcio europeu, escolhidos por sorteio entre os 15 mil se candidataram.
O A380 tem capacidade para transportar 555 passageiros na sua versão standard e até 800 na sua configuração com o número máximo de lugares.

Sabem que mais? Também quero andar nesta coisa!

Hoje é o nosso dia.

Hoje, 4 de Setembro, é o meu/nosso dia. Estranho? Esclareço-vos: é o meu dia de aniversário, mas que estendo a todos aqueles que me acompanham não só nas alturas mais divertidas, como também naquelas em que o Sol parece deixar de brilhar. Um bem haja a todos os que, apesar da distância física, não deixam de me acompanhar nesta longa caminhada que é a vida.

Um bom dia a todos!